A Aprendizagem e a Inclusão na perspectiva da Química e da Biologia na EE Manoel Guilherme Dos Santos (Itaquiraí/ MS)

Categoria: Geral | Publicado: terça-feira, abril 11, 2017 as 11:07 | Voltar

Compartilhar:

Ao preparar as aulas, além da preocupação em fazer com que o aluno aprenda, é preciso tornar o conteúdo interessante e demonstrar, sempre que possível, qual é a aplicação prática desse conteúdo no dia a dia. Para os professores de Química, Física e Biologia o desafio é maior ainda, pois esses componentes curriculares, que permeiam a vida do ser humano, são objeto de estudo no ensino médio e alvo da curiosidade e da experimentação da garotada.

Pensando nesses aspectos as professoras de Biologia e de Química da EE Manoel Guilherme dos Santos (Itaquiraí/MS) planejaram aulas diferenciadas para captar a atenção dos alunos, possibilitar a aprendizagem e ainda, promover a inclusão de um aluno deficiente visual.

Com o objetivo de demonstrar como os sistemas de classificação permitem uma compreensão mais clara do objeto em estudo, a relação entre a evolução (grau de parentesco) e a classificação dos seres vivos, a Prof.ª Msc. Nayara Karla Zampiva propôs, nos dias 21 e 22 de março, uma atividade na qual os alunos tiveram que construir a ideia de classificação, utilizando conjuntos de peças em E.V.A de formas, tamanhos e cores diferentes, previamente preparados.

A atividade foi realizada em trios. Um dos critérios de seleção eram as cores, portanto, em trio os alunos puderam auxiliar o aluno com deficiência visual (DV) nesse critério, e o aluno com deficiência visual teve autonomia e pode auxiliar o grupo quando o critério foi tamanho e forma. Os conjuntos de peças foram distribuídos e cada grupo foi orientado a organizar as peças em grupos e subgrupos, resultando uma reunião de peças semelhantes, tendo liberdade para realizar a classificação das peças. Cada grupo decidiu de maneiras diferentes sobre a forma de classificação. Alguns iniciaram pela cor e depois formas e tamanhos. Outros pela forma e depois por tamanho e cor, etc. Demonstrando assim a diversidade de formas de classificação, as diferentes maneiras de compreender o mundo, as semelhanças e as diferenças entre os seres vivos.

Já a professora Graciela Carminatti contou com a parceria firmada entre a EE Manoel Guilherme dos Santos e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, unidade de Naviraí/MS, para uma abordagem prática dos conteúdos, através de experiências laboratoriais. Os acadêmicos da UEMS desenvolveram atividades experimentais com os estudantes do segundo e terceiro ano do Ensino Médio, enfatizando o uso da química relacionada ao cotidiano dos alunos. As atividades retomaram conceitos explorados anteriormente em sala de aula, estabelecendo uma ponte entre a teoria e a prática. O aluno com deficiência visual foi instigado a explorar substâncias químicas através de experiências táteis e elementos químicos, simbolizados com objetos de diferentes texturas para ampliar e enriquecer seu conhecimento.

Seria só mais uma aula em meio a tantas outras, não fosse pela preocupação em adaptá-las ao aluno com deficiência visual. Essa postura indica a consciência dos professores da EE Manoel Guilherme dos Santos de que todos os alunos aprendam, independentemente das limitações de cada um.