O Autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), são transtornos que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança. Segundo a ABRA – Associação Brasileira de Autismo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que, atualmente, estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo todo possuem algum tipo de autismo. No Brasil, esse número passa para 2 milhões. Uma pesquisa atual realizada neste ano do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diz que o autismo atinge ambos os sexos e todas as etnias, porém o número de ocorrências é maior entre o sexo masculino (cerca de 4,5 vezes).
Esse breve panorama demonstra que o Autismo está mais próximo de nós do que muitas vezes imaginamos. Não se trata, obviamente, de colocar os transtornos e déficits de atenção e aprendizagem sobre o rótulo do Autismo é acreditar que com isso, os problemas relacionados à inclusão, tanto no aspecto físico quanto cognitivo e sociais estarão, ao menos, explicados. Trata-se, principalmente, de conhecer as especificidades do aluno que apresenta algumas dessas características e buscar formas de ajudá-lo a superar as dificuldades e integrá-lo da melhor maneira possível.
Como é preciso conhecer para incluir, a diretora da EE Mal. Rondon, profª Júnias Belmont Alves, e a professora de Apoio, prof.ª Luana Linares Mostachio, dedicaram-se a análise da inclusão de um aluno autista atendido pela escola, o que lhes rendeu a escrita de um artigo científico intitulado: Inclusão de aluno autista no Ensino Regular em Mundo Novo/MS: uma contribuição da Pedagogia histórico-crítica. O artigo, que será apresentado no Congresso de Pedagogia Histórico-Crítica da Universidade Estadual de São Paulo - UNESP, na cidade de Presidente Prudente, no dia 14 de julho de 2018, aborda o trabalho de inclusão realizado desde o ano de 2017 até agora, descrevendo as metodologias diferenciadas, os materiais pedagógicos adaptados pela professora e os resultados obtidos com o aluno no processo de alfabetização.
A publicação do artigo pelas professoras sinaliza um modelo de gestão claramente defendido por especialistas da educação, que é o gestor presente na rotina da escola como um todo e não apenas preso nas demandas administrativas. Que venham mais artigos, mais descobertas e muitas aprendizagens para todos.
Edição: Lucimeire Antonieta Correia
Prof.ª Multiplicadora – CRE8 (Naviraí- MS)
Publicado por: